anônima
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16/05/2023 13h43
Sou advogada e tenho um amigo próximo que tem dois filhos (4 e 6 anos). O relacionamento dele com a ex sempre foi perturbado de ambos os lados. Super tóxico, idas e vindas, traições e muita falta de respeito. Eles terminaram a 3 anos e depois de 6 meses os pais dela mudaram com ela pra uma cidade a 700km (ela junto pq nunca trabalhou). Nesses 6 meses depois do término ele não ia atrás dos filhos. Agora ele mudou pra perto na intenção de ficar próximo das crianças mas não faz o mínimo de esforço, na minha opinião, para ver as crianças.
No tempo que esteve longe não pagava pensão direito, faz um ano que paga certo (1k). A mãe vive com esse dinheiro, tem um namorado e vivem fumando maconha em casa, não trabalham, não estudam (vejo pelas redes sociais), e pelo que ouço, faz alienação parental. Já ouvi do filho mais novo que a mãe diz que fulano (namorado dela) é o pai deles e coisas dai pra baixo.
O que acontece é que ele me pediu para entrar com pedido de regularizar a guarda das crianças. Ele não quer ficar com as crianças só pra ele, quer só pegar de vez em quando.
Disse que faria mas não estou me sentindo a vontade com isso. Não concordo com as atitudes da mãe, mas também não concordo com as do meu amigo.
Ontem disse que não conseguiria fazer e ele ficou bravo e disse "que só faço o que me convém". Já falei pra ele mandar mensagem, combinar dia de pegar as crianças, conversar, serem adultos, mas me parece que mesmo depois de 3 anos separados continuam sendo tóxicos.
Não quero entrar com pedido para regularizar pois envolveria muito mais do que só apenas combinar esses dias pras crianças ficarem com ele. Como advogada teria que falar sobre a mãe não fazer nada, sobre as drogas, enfim. Em minha opinião como profissional, teria que pedir a guarda para o meu amigo, mas ele não quer (diz que não pode arcar com a responsabilidade agora).
A minha pergunta é, estou certa em não me envolver nessa situação ou deveria ajudar meu amigo? Ajudar mesmo pq ele não vai pagar nada.