anônimo
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02/08/2023 23h20
Assisti Barbie e considero uma aula de propaganda e mercado.
O roteiro, as atuações e os cortes de cena são ruins, pois é um produto feito para as massas, logo a lógica do mercado é aplicada: foco no alcance (clientela vasta) perde-se a qualidade. Contudo, o figurino e paleta de cores são muito boas.
Mas o ponto central de Barbie sem duvidas é a aula de propaganda que a Mattel fez. Fora a divulgação do filme que foi algo surreal, a propaganda central foi atualizar a Barbie. A Barbie sempre foi um produto temporal, ou seja, ela representa o status quo. Nos últimos anos tentou se atualizar lançando Barbie negra, barbie cadeirante, Barbie sem alguns membros, sem sucesso. Desde 2013 as ações da Mattel na Nasdaq vêm caindo assustadoramente. O movimento feminista americano fez uma grande pressão para demonziar a marca nos últimos anos, culpabilizando a boneca por padrões de beleza, etc. Vcs já sabem a história. O filme Barbie foi exatamente o ponto de demolição dessa opinião. Agora, Barbie será apontada por algumas feministas jovens como uma grande expoente da voz oprimida delas. Óbvio, fazendo a Mattel lucrar horrores.
Uma coisa que vi foi nerdolas reclamando do discurso feminista, Woke, anti-homem, do filme. Realmente esse discurso é presente e é o filme mais radical feminista da história (Disney tá morrendo de inveja). Mas é um discurso radical e insustentável, na realidade. Quem tentar reproduzir ele passará vergonha e quando o hype acabar, poucos vão lembrar daquilo que foi dito, apenas lembrarão que Barbie agora não é mais opressora, mas sim um símbolo de resistência ®