Mesmo dormindo, o corpo humano consome energia. Como não fazemos fotossíntese (conversão da energia luminosa em química), precisamos ingerir alimentos. Essa energia é medida em kcal (quilocalorias), mais conhecidas no dia a dia como “calorias” (esse “quilo” indica que são mil calorias, assim como “quilômetro” significa mil metros ou “quilograma” são mil gramas). Se a pessoa consome mais calorias do que gasta, ela é armazenada na forma de gordura; se gastar mais energia do que come, perde peso. Por isso que falam que “para emagrecer, tem que fechar a boca e fazer exercícios”.
Um adulto costuma ingerir 2500 kcal por dia. Essa energia é usada para manter o corpo humano em funcionamento – em condições de repouso, os músculos esqueléticos consomem cerca de 30% da energia, outros 30% pelos órgãos abdominais, 20% pelo cérebro e 10% pelo coração. Ela fica armazenada nos músculos, no sangue e no fígado na forma de glicogênio ou de glicose.
Sabendo-se do que é composto um alimento, é possível calcular quanto de energia ele é capaz de oferecer. Por exemplo, um grama de carboidrato (o elemento energético contido no trigo, no arroz, na batata, no açúcar, etc) ou de proteína contém cerca de 4 kcal. Já um grama de gordura contém bem mais que isso, cerca de 9 kcal. Para conseguir as 2500 kcal que gastamos durante o dia, precisa-se consumir cerca de 625 g de carboidrato ou a metade disso em gordura ou, o que seria mais saudável, misturar proteínas, carboidratos e gorduras.
Como esses valores foram obtidos? Basta queimás-lo e medir o quanto de energia eles produziram, através da medição do quanto uma certa quantidade de água se aqueceu ao ser submetida à chama provocada pela queima do alimento. Por exemplo, acendendo uma castanha de caju, ela produz uma chama que aquecerá um volume água. Medindo a variação da temperatura da água antes e depois que a castanha foi completamente queimada, pode-se determinar a quantidade de energia liberada.
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