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224  05/10/2023 13h05

Não se trata apenas de ter prazer, mas sim da busca insaciável pelo prazer.
Schopenhauer diz que a cada um desejo realizado permanecem mais 10 não realizados.

Somos escravos de doses de dopamina, mas a medida que somos aliviados esse efeito prazeroso vai diminuindo cada vez mais, e aí vem o vazio e busca por algo muito mais prazeroso e até mesmo humilhante.

Exemplo: um casamento onde o sexo caiu na mesmisse, e o casal muitas vezes busca meios pra sair disso, como a "liberdade sexual", a busca por outros parceiros e etc.
O fundo do poço é este:
Cenários como por exemplo o homem vendo sua esposa sendo traçada por dois africanos na frente dele e ele sentindo um prazer puramente hedonista. Isso é a morte dos princípios e valores morais. É o estado mais puro da degradação.

Anna Lembke diz: "A busca pelo prazer por sí só, leva à anedonia, a incapacidade de desfrutar de qualquer tipo de prazer."

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5 9
elas respondem
anônima
anônima
05/10/2023 09h19
As pessoas sempre foram assim. Acho que a internet vem potencializando o que já existe. Atrelado, também, ao fato de que a maioria de nós não se interessa muito na busca pela verdade e pensamento crítico. Essas coisas exigem demais, é mais confortável só seguir a manada, ganhar dinheiro e aproveitar a vida.
No fundo, todo mundo quer dominar o mundo. Ou nao, sei la.
05/10/2023 11h49
anos 1800: chineses torando de usar ópio
anos 1920: lei seca nos EUA causa uma rede de tráfico de bebidas gigantesca pq as pessoas n conseguiam ficar sem álcool p se distrair
anos 50/60: hippies. lsd.
anos 80/90: heroína comendo solta nas veias dos alemães e companhia europeia

nem vou entrar no mérito de q prostituição, pederastia e pedofilia são coisas da Idade Antiga, até a bíblia cita e os gregos e romanos já faziam tdo isso...

sim... nossa geração... claro.
05/10/2023 11h17
Muito boa a sua questão. É bem isso, hoje em dia as pessoas acabam por receber muitos estímulos, o que faz a pessoa estar sempre em busca de mais e mais, nunca nada é o suficiente. Não é atoa que atualmente as pessoas estão cada vez mais doentes e dependentes emocionais, precisam receber diariamente doses cavalares de dopamina para que possam sentir-se minimamente bem. Somos viciados dopaminérgicos, e muito disto é graças ao advento da internet e da tecnologia. Quanto mais estímulo recebemos, mais sentimos que o que recebemos não é suficiente. A tendência é piorar...
05/10/2023 12h51
Sim, é por isso que temos cada vez mais pessoas mais vazias, que buscam diversos meios para se sentirem completas, mas que nunca se sentirão, porque o nível que essas pessoas buscam é simplesmente humanamente impossível de se atingir.

Ninguém é completo o tempo todo, relações não são um parque de diversões todos os dias, a vida é mesmo monótona às vezes, tá tudo bem sentir tédio.

As pessoas não conseguem mais se permitirem isso. É necessário sempre uma descarga de emoção, algo novo, uma montanha russa de sentimentos. Quando tudo tá parado, a gente busca algo para agitar a nossa vida porque, caso contrário, não estamos vivendo.

Existe satisfação na monotonia. Talvez um dia a gente consiga enxergar isso.
anônima
anônima
05/10/2023 11h43
Eu não sou
eles respondem
05/10/2023 09h29
Concordo totalmente. Isso ainda explica a dificuldade crescente de lidar com a rejeição ou frustração. As pessoas se acham merecedoras de tudo que querem mas não movem um dedo sequer para tal. Quando o óbvio acontece, reclamam do quanto o mundo é "injusto". Tem jovem que considera ser "obrigação" de pais ou avós gastarem dinheiro com futilidades para ele.

Sem mencionar as autocomparações em redes sociais. Tem que comprar, fazer, ir, apenas porque o outro comprou, fez ou foi. O produto comprado, o ato ou local visitado em si se tornam menos prazerosos do que saber que "também comprou, fez ou foi". Claro, sempre tem que ter uma foto postada na rede social para registrar os feitos para conhecimento de todos. É real e definitivamente patético.
anônimo
anônimo
05/10/2023 09h19
Isso foi induzido com o passar dos anos. E somado ao fato que as pessoas num geral estão cada vez mais preguiçosas para verem além do agora. É de fato vergonhoso e nojento quem para quem consegue ver como as coisas estão.
anônimo
anônimo
05/10/2023 09h36
Você é uma das pessoas mais inteligentes que já vi, concordo 100%.
05/10/2023 11h42
Até agora, calma que piora.

Não, isso sempre foi assim, com maior ou menor repressão ou incentivo dependendo da cultura dominante. Não é como se há algumas décadas todo mundo se satisfazia com papai&mamãe e depois ir passear de mãos dadas. Internet apenas facilitou a comunicação. Hoje cê conhece alguém e já troca nude, se quiser pode passar horas vendo pornô no quarto. Antigamente era um perrengue do caralho, mandar revelar foto era um constrangimento, assim como alugar pornô em locadora. Talvez até por isso as pessoas transavam mais, o onanismo não era tão farto quanto agora. Mas sempre houve disk-sexo, prostituição, swing. Se voltar à Grécia Antiga, os puteiros eram inclusive regulamentados pelo Estado, as putas e putos eram de certa forma servidores públicos hihihi.



A diferença é que essa geração tem um acesso ilimitado ao virtual. E por virtual digo no sentido literal, "quase". Antigamente você assistia canal pornô, dvd e pronto. Hoje um solitário pode ainda pagar onlyfans, mandar wishlist, receber mensagens e vídeos, ter um contato mínimo com a pessoa, stalkear.

Todos tempos tem seus desafios e contradições. A gente aprende a lidar e seguir em frente, como desde sempre.

Adoro essa música. É uma metáfora genial sobre a busca insaciável por prazer. É bem isso, primeiro dedo, depois punho, depois o braço inteiro e mesmo assim você quer mais.

05/10/2023 11h52
A tendência é piorar.
05/10/2023 12h38
Você percebe o quanto isso é verdade quando tenta fazer jejum de dopamina e não consegue.
anônimo
anônimo
05/10/2023 11h18
Não percebi, anotei aqui agora e vou verificar no meu daily checklist.
05/10/2023 13h05
Sim, mas os antigos n são tão diferentes, só n tinham o mesmo acesso.
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