Eu vagaria pelos rincões do mundo, nos cantos mais remotos e nas metrópoles pulsantes. Observaria os solitários poetas em seus devaneios, os amantes apaixonados em suas juras silenciosas, os cientistas em busca do desconhecido e os artistas moldando o mundo com suas mãos criativas. Eu me perderia nos olhares dos que sofrem em silêncio, testemunharia o amor incondicional de mães e pais, e acompanharia os anciãos, guardiões de sabedoria acumulada ao longo das eras.
Observaria a humanidade em sua totalidade, dos humildes aos poderosos, dos que riem às gargalhadas aos que choram em solidão. Encontraria beleza na diversidade de experiências e na resiliência diante da adversidade. Testemunharia a força da esperança nos corações dos desamparados e a coragem dos que desafiam o status em busca de um mundo melhor.
Visitaria cada uma das pessoas que interagiram comigo nesta vida. Entraria em seus aposentos e lhes faria companhia quando estivessem melancólicos e solitários. E quando apagassem a luz e estivessem prestes a dormir cantar-lhes-ia uma canção fúnebre e inaudível.