Sim, é verdade. No período clássico da Grécia Antiga a pederastia era prática comum, tinha função pedagógica e a finalidade de transmissão de conhecimento de homens mais experientes aos jovens. O homem mais velho admirava o mais jovem por suas qualidades masculinas e o mais jovem respeitava o mais velho por sua experiência, sabedoria e comando. A antiguidade grega, a que pertenceu Platão, caracterizava-se pelo politeísmo, isto é, crença em diversos deuses. Nessa concepção, a cada um atribuía-se a responsabilidade por determinados fenômenos, como, por exemplo, o deus Amor, responsável pelo sentimento de afeição entre as pessoas; assinalava-se, ainda, pela bissexualidade masculina, em que se aceitavam as relações sexuais de homens tanto com mulheres como entre homens, e pela pederastia, relacionamento entre o erastes e o eromenos: aquele, sendo o mais velho por volta de 25 anos, procurava um rapaz entre 12 e 15 anos (o eromenos), a quem, sob a aprovação dos respectivos pais, servia de amigos e educador até os seus 18 anos, quando a relação passava a ser de amizade, exclusivamente, sem conteúdo sexual que, de resto, não compreendia penetração anal e sim o coito intercrural ( tipo de sexo não penetrativo em que um dos participantes coloca seu pênis entre as pernas do outro.).