Essa é uma pergunta delicada,
@Euflorzinha. Mas como estamos em uma plataforma que permite conversarmos sobre temas mais delicados, aqui vamos nós.
Para responder essa pergunta, precisamos levar em consideração toda a nossa trajetória evolutiva sob a perspectiva sexual, ou seja, de que forma nossas mentes foram sendo moldadas sexualmente ao longo do tempo. Há centenas de milhares de anos nossa espécie humana era nômade e caçadora-coletora. É o que chamam de era das cavernas. Não existam núcleos familiares, mas sim tribos. Nessa época, tudo era compartilhado entre os membros da tribo, incluindo alimentos, proteção, vestimentas, recursos e sexo. Sim, sexo. Os membros da tribo não possuíam exclusividade sexual, até porque não havia núcleos familiares. O sexo ocorria entre os membros da tribo. Mulheres transavam em sequência com vários homens no período fértil, sendo que essa é uma das teorias que explicam os orgasmos múltiplos das mulheres. Mas isso é assunto para outra pergunta.
Note, então, que a mente humana estava acostumada a ser PROMÍSCUA. Pois bem, milhares de anos depois, surgiu a agricultura, a propriedade privada e os primeiros núcleos familiares. Aí sim, de forma civilizatória, começou a ser imposta a exclusividade sexual para selar laços matrimoniais e garantir a posse, herança e outros direitos. MAAAAAAAS... a nossa mente não acompanhou essa súbita mudança de hábitos: ela continua ainda na idade das cavernas em muitos aspectos. Então, se a pornografia faz sucesso e há tantas traições em relacionamentos, é porque nosso instinto nos impele a buscar outros parceiros para manter a variabilidade sexual. E isso se aplica a homens e mulheres.
Agora sim, respondendo sua pergunta, sob o aspecto sexual, ficar com a mesma pessoa para o resto da vida enjoa sim. Reforço: digo isso sob o aspecto sexual. Que atire a primeira pedra quem nunca pensou ou fantasiou sobre ter relações sexuais com outras pessoas fora do casamento ou namoro. É a mente tentando inovar.