Aos seis anos de idade sofri uma tentativa de estupro dentro de uma padaria.
Só consigo me recordar da roupa que estava usando, das mãos do pedófilo e do meu pai e meu irmão sendo segurados pelos vizinhos com armas.
Esse é um assunto proibido na minha família, aconteceu e morreu no mesmo ano. Ninguém fala, ninguém toca no assunto.
Só sei que é real por causa das vivas lembranças e de uma tia-avó que, quando raramente me encontra, me fita sem parar e diz: “Graças a Deus que nada aconteceu”.