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308  16/01/2024 20h59

Então pessoal, eu trabalhava de autônomo até recentemente e por motivos maiores nesse momento me encontro desempregado.

Então meu tio me informou de uma oportunidade de trabalho em um local que ele havia entregado o currículo dele.

Fui lá e o processo foi feito a toque de caixa, parece que precisam de pessoal. Poucas perguntas e falas do tipo:" Vocês não vão dar pra trás não né?"

Então acabei cedendo "por pressão" desse meu tio que me convenceu a tentar a vaga, que eu descobri ali ser trabalho braçal. Em necessidade nem pensei muito, dei prosseguimento nos trâmites junto a ele.

Tomei vacina, reuni documentos, currículo e entreguei. Fui hoje na capital e fiz uma bateria de exames, além de passar pelo médico do trabalho.

Aqui por ter pouca chance de trabalho registrado e até que bem remunerado, pensei ser uma boa.

Mas agora que vi que vão assinar minha carteira pela primeira vez e será num cargo de ajudante de pedreiro, vulgo servente, me caiu a ficha. Não quero isso.

Já fiz um texto para mandar para o responsável pela contratação em que peço que me retire e cancele minha efetivação.

O que acham? Estou angustiado principalmente por saber que não pertenço a àquele lugar, minha capacidade é muito além disso.

Não quero me ver preso a um emprego de base por pressão alheia e ter um custo de oportunidade tão elevado.

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eles perguntam
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eles respondem
anônimo
anônimo
16/01/2024 20h59
Bom, depende de variáveis. Conheço um homem que teve que trabalhar de vendedor numa loja fuleira em Niterói. Ele trabalhava na escala 6x1, vendendo porcaria de geladeiras. Mesmo na época, jovem, ele estava muito além daquele cargo. O nível intelectual dele e dos companheiros ficava evidente a dissonância. Era como obversar um Imperador Romano ao lado de godos. Mas, as variáveis obrigaram ele a se humilhar por 1 ano e 6 meses naquele trabalho. Ou era aquilo, ou era passar fome e morar na rua.

Se você pode ter o luxo de recusar esse trabalho pelos motivos apresentados, recuse-o. Não estou julgando. Acredito que a família que pode fornecer meios para os mais novos fugirem do trabalho degradante é uma boa família.
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