anônima
224
24/02/2024 01h52
Ontem fui a um curso para melhorar meu futuro currículo como pedagoga.
Chegando lá, me deparei com umas 30 mulheres mais velhas (tenho 19 anos), as que tinham a minha idade já são mães. Pra ser sincera, apenas eu e mais uma não somos mães. Era notável que muitas só estavam ali por causa do diploma, pois são babás.
Em muitos momentos não me privei de questionar, pois eu paguei e, estava ali para aprender. Tudo estava indo bem até a professora falar sobre inclusão, inclusão da qual eu argumentei que não era tão importante no cenário atual, pois nem todos professores são treinados para dar aulas à um aluno com necessidades especiais, e que isso pode atrapalhar o desenvolvimento da criança, pois em muitos casos a criança é apenas "passada de ano". Mesmo não concordando, não acho certo colocar um aluno surdo (por exemplo) em uma sala com mais 40-50 crianças. Desde já, notei olhares de desaprovação.
No intervalo eu sumi, pois não queria ficar no climão após escutar tanta besteiras tipo: "todo autistas é suuuper inteligente".
Estava tudo bem, até o momento que envolveram pauta social. Após eu dizer que a escola sabe de muitos casos de maus tratos (etc), mas não denunciam, pois os pais da criança podem ser criminosos, uma das mulheres ficou brava. Disse que na favela tem sim pessoas "boas" (em nenhum momento eu disse que não tem). Apenas disse o cenário atual, mas a mulher me olhou feio, pois possivelmente pensou que eu sou classe média. Tudo que eu disse sobre isso, foi apenas minhas experiências como moradora da favela. O problema do ex pobre é o romantismo que eles empregam em um lugar tão triste como as favelas.