O psicopata no relacionamento amoroso
Frios, egocêntricos, mentirosos, manipuladores, calculistas. Quando o assunto é psicopatia a lista de adjetivos é extensa. Sendo assim, é difícil imaginar que uma pessoa com essas características seja capaz de se envolver afetivamente com outra pessoa.
Psicopatas não medem esforços para atingirem seus objetivos. Seja no ambiente social ou de trabalho, usa o outro para satisfazer os próprios desejos, como poder, status ou dinheiro, sem o menor sentimento de culpa, pois têm seus próprios sistemas de valores e, portanto, não consideram que há algo de errado em seu comportamento.
No relacionamento amoroso, uma vez que são incapazes de sentir empatia ou compaixão, não conseguem estabelecer vínculo emocional. Porém, para atrair o outro, realiza um jogo de sedução por meio de encenações e muita lábia. Inventam histórias com o intuito de evocar admiração ou pena. Tais dissimulações são praticadas de uma maneira tão envolvente que é difícil alguém perceber suas reais intenções. E caso uma mentira seja descoberta, relatam calmamente outra versão, sem o mínimo de remorso. Tudo para seu próprio benefício. As vítimas tem como perfil carência afetiva, ingenuidade, generosidade e estão sempre dispostas a perdoar.
No início do relacionamento, como forma de ganhar a confiança, mostram-se parceiros perfeitos, sendo comum manifestações de carinho através de gentilezas extremas, presentes, além de atração sexual intensa, levando a vítima a pensar que encontrou a sua alma gêmea.
A partir do momento que a vítima mostra-se muito envolvida emocionalmente, o psicopata passa a controlar suas ações e decisões, inclusive limitando a convivência dela com familiares e amigos, tornando a relação abusiva. A esta altura, totalmente dependente e fragilizada, a vítima considera que aquilo tudo, no fundo, é uma forma de cuidado com ela.