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168  07/11/2024 02h11

A reincidência é um fator crucial que contribui para o aumento dos índices de criminalidade, e isso é amplamente reconhecido. No entanto, ao fortalecer as leis, surgem desafios adicionais, como a superlotação carcerária e o aumento significativo dos custos de manutenção das prisões e dos presos. Segundo o Depen, o custo médio para manter um detento é de R$ 2,4 mil mensais, totalizando um gasto anual de R$ 11 bilhões.

Além disso, é preciso compreender os fatores que compilam um sujeito a cometer crimes, não vou considerar a tese do criminoso nato de Lombroso, haja vista sua controvérsia. Mas fora isso, os fatores são multifacetados, listarei alguns aqui: desigualdade social, pobreza, educação inadequada ou a ausência dela, corrupção, carência de políticas públicas, cultura de violência, desestruturação urbana e familiar, falhas na política de ressocialização, etc.

Assim, você concorda que robustecer as leis no Brasil não resolveria o problema, mas criaria outros?

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eles perguntam
4 6
elas respondem
anônima
anônima
22/05/2024 16h22
Se o Brasil cumprisse as leis que já tem, a criminalidade diminuiria, o problema é que não se cumpre lei alguma neste país então o crime deita e rola.
anônima
anônima
23/05/2024 00h14
Acho que precisa mais é ter certeza da execução das penas.

Não precisava ser mais rígido, só que a justiça fosse ágil, para todos, e a lei não deixasse de ser cumprida por motivos fúteis. Seja para os reincidentes porque não há vagas no sistema prisional, seja para os ricos porque podem comprar a liberdade.
22/05/2024 16h40
Não diminuiria que tem poder sairia inleso
anônima
anônima
23/05/2024 00h25
A gente só gastaria mais para manter os presos na cadeia
eles respondem
anônimo
anônimo
22/05/2024 16h24
Qual o índice de roubo nos locais onde vigora uma ditadura teocrata islâmica, ou nas favelas do Rio, lugares nos quais ladrões têm suas mãos seus dedos amputados, e espancados pela facção local, respectivamente?
Regras rígidas desestimulam e desencorajam o crime, regras brandas o aflora. Simples.
Ninguém evita o que não teme.

Sobre os fatores, o correto é fator, no singular: índole.
Pra cada cidadão pobre que entra para práticas criminosas, há uma grande maioria de outras pessoas igualmente pobres em seu entorno, sua vizinhança, amigos de infância, e contexto social, que vivem debaixo das mesmas dificuldades que ele, mas mantém-se na honestidade.
Não há como citar pobreza e escassez de oportunidades como motivo de ingresso ao crime, pois a maioria dos que sofrem com esses problemas nascem, vivem e morrem sendo honesta, pessoas de bem que abominam o crime, e passam esse princípio moral aos filhos.

Afirmar que fulano "recorreu ao crime" por estar passando dificuldades é um insulto aos que também estão, mas seguem na decência.
22/05/2024 16h34
Não, rigidez na punição não resolve. Quer ver um exemplo? Pais extremamente rígidos, vc acha mesmo que filhos com pais assim é obediente? Óbvio que não, então pq vc acha que isso funcionaria para acabar com a criminalidade.

Para resolver isso, o governo tem que começar melhorando a educação e o acesso ao mercado de trabalho…
22/05/2024 16h03
Sim, diminuiria.
anônimo
anônimo
22/05/2024 16h19
Custo de manutenção do preso e das prisões se resolve colocando presos para trabalharem para se sustentar. Se quer comer, vai plantar horta, colher, preparar o alimento, enfim, se virar. Se não quiser trabalhar, morre de fome. Se o preso não quer superlotação, vai produzir excedente para trocar por materiais de construção e construir mais celas.

Medidas totalmente educativas e sem custo para a população.

A maior parte dos processos criminais são vencidos ou perdidos por questões processuais, e não de mérito. Não acho que leis mais rígidas diminuiriam a criminalidade. Aliás, acho que aumentaria a insegurança jurídica em um país que já tem o costume de prender pessoas por motivos ridículos como fazer piadas. Isso na mão de políticos mal intencionados é a arma perfeita para usar contra opositores.

Por outro lado, acho que permitir a posse e o porte de armas de qualquer calibre à população pode ajudar a diminuir a criminalidade (embora não muito), tanto por reação da população quanto por receio do criminoso de iniciar agressão contra alguém potencialmente armado. Hj estamos completamente à mercê dos bandidos.

O fator mais importante para reduzir a criminalidade, na minha opinião, é a moralização e a educação da sociedade sobre direitos de propriedade do outro sobre seu corpo e seus bens. Vivemos tempos em que as pessoas acham que toda propriedade é relativa e que deve cumprir função social, ou seja, atender o interesse de algum grupo político.
23/05/2024 00h12
Mas nem toda violência é motivada por falta de dinheiro ou educação, há pessoas estudadas e que ganham bem que cometem crimes horrendos como estupro de criança ou homicídios por exemplo, são perfis de crimes que não tem relação com status social.

O que tem de ricaço que adora uma exploração infantil ou prostituição forçada não está no gibi, é que tudo é muito escondido em lugares afastados, onde o povão não está de olho.

Crimes patrimoniais como furtos, roubos, e etc... Esses sim tem uma relação indireta com a desigualdade social, ainda sim, nem todos são motivados por isso. Muitos políticos, por exemplo, ganham salários estrondosos, e mesmo assim, roubam a população, eles merecem pena branda por isso? Óbviamente são escórias que não deveriam continuar livres depois de roubar uma população, isso porque eles já ganham bem de forma legalizada.

Há também os crimes de fator cultural, aqueles que envolvem ódio e perseguição a grupos minoritários. Crimes raciais, os que envolvem sexualidade ou religião alheia. Esses são bem difíceis de combater porque estão ligados a cultura.

Dito isso, é um conjunto de fatores, e para cada tipo de crime, existe um tipo de solução, ou minimização dos danos. Penas mais duras não servem apenas para "consertar o criminoso", mas para puni-los, para fazer um pouco de justiça pelo o que a pessoa fez com sua vitima.

Mas respondendo a sua pergunta, leis mais rígidas reduziriam a criminalidade? A resposta é, depende. Primeiro que o problema do Brasil não são só as leis brandas que estimulam o criminoso a continuar lucrando com ilicitudes, mas a morosidade da justiça em aplicar tais leis. De nada adianta julgar a 100 anos de prisão um delinquente por latrocínio, se a justiça é repleta de brechas que fazem com que esses 100 anos vire 10, ou que o criminoso possa apelar até o crime "caducar", ou que a justiça seja tão lenta que o criminoso consiga escapar. Então é todo um conjunto que precisa ser aprimorado, o sistema de justiça por inteiro.
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