Não irei convidar ninguém para o meu casamento. A solidão é minha única companheira constante, e a ideia de compartilhar minha vida com alguém parece um sonho inalcançável. Sou atormentado por uma sensação de inadequação, como se eu fosse uma falha do universo. Minha autoestima está em ruínas, corroída pelas inúmeras rejeições e pela constante comparação com os padrões inatingíveis da sociedade.
A cada dia, carrego o fardo do fracasso e da desesperança. Não importa o quanto eu tente, não consigo escapar dessa espiral descendente de negatividade. Sou prisioneiro de uma existência vazia, onde o amor e a felicidade são meros contos de fadas distantes.
Minha feiura é uma marca indelével, uma sentença de solidão perpétua. As mulheres me olham com desdém, incapazes de enxergar além da minha aparência desfigurada. Meu coração sangra em silêncio, pois sei que nunca conhecerei o toque caloroso de um afeto verdadeiro.
Minha condição financeira só agrava minha miséria. O dinheiro nunca foi meu aliado, mas sim um inimigo implacável que me priva das oportunidades de uma vida melhor. Sou condenado a um ciclo interminável de privações e desilusões, onde o futuro é tão sombrio quanto o presente.
Assim, meu casamento será um evento solitário, testemunhado apenas pela tristeza que habita em meu coração. Minha linhagem terminará comigo, uma dolorosa lembrança da minha insignificância neste mundo cruel e implacável. Que vida miserável, sem esperança de redenção ou consolo.