anônima
280
28/05/2024 18h11
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eles respondem
Bem, a causa disso é complexa e envolve problemas históricos e regulaçoes excessivas.
Pelo lado da história, a região nordeste sempre foi "abandonada" pelo governo federal, no passado, o nordeste não recebeu o mesmo tratamento que o governo federal dava a região sudeste. Obras de infraestrutura e saneamento eram quase sempre direcionadas ao Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, e o Espírito Santo colhia o que sobrava. Isso acabou fazendo com que a região ficasse a ver navios.
Pelo lado do sistema, bem, os governos locais também nunca ajudaram muito, por ser uma região empobrecida e de baixa escolaridade, os governos sempre aproveitaram disso para se aproveitar do povo, com promessas utópicas e discursos fofos, eles (maioria de esquerda) sempre optaram por manter os estados do mesmo jeito, assim eles mantém o poder.
Diferente de SP, por exemplo, que quase sempre tiveram governadores ligados a direita ou que defendiam mais a liberdade econômica, mesmo que isso implicasse em discursos mais duros e anti populistas.
Por ser uma região extremamente regulada, não apenas pelas amarras do governo federal, como dos próprios governos locais, somado a falta de investimentos em infraestrutura, ninguém quer injetar dinheiro na região. Se pra investir no sudeste já não é simples porque existe uma enorme insegurança jurídica e burocracia estatal, imagine em regiões do nordeste onde a coisa é pior? Nisso a região permanece pobre, com orçamento governamental escaço e falta de investimento privado.
Pelo lado da história, a região nordeste sempre foi "abandonada" pelo governo federal, no passado, o nordeste não recebeu o mesmo tratamento que o governo federal dava a região sudeste. Obras de infraestrutura e saneamento eram quase sempre direcionadas ao Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, e o Espírito Santo colhia o que sobrava. Isso acabou fazendo com que a região ficasse a ver navios.
Pelo lado do sistema, bem, os governos locais também nunca ajudaram muito, por ser uma região empobrecida e de baixa escolaridade, os governos sempre aproveitaram disso para se aproveitar do povo, com promessas utópicas e discursos fofos, eles (maioria de esquerda) sempre optaram por manter os estados do mesmo jeito, assim eles mantém o poder.
Diferente de SP, por exemplo, que quase sempre tiveram governadores ligados a direita ou que defendiam mais a liberdade econômica, mesmo que isso implicasse em discursos mais duros e anti populistas.
Por ser uma região extremamente regulada, não apenas pelas amarras do governo federal, como dos próprios governos locais, somado a falta de investimentos em infraestrutura, ninguém quer injetar dinheiro na região. Se pra investir no sudeste já não é simples porque existe uma enorme insegurança jurídica e burocracia estatal, imagine em regiões do nordeste onde a coisa é pior? Nisso a região permanece pobre, com orçamento governamental escaço e falta de investimento privado.
anônimo
28/05/2024 15h04
Porque o foco do império brasileiro e dos primeiros anos da república sempre foi a região do Oeste Paulista, Vale do Paraíba e litoral paulista/fluminense. Combine isso ao bioma da caatinga que impede uma certa expansão do agronegócio, como ocorreu no centro-oeste nos anos 70. E combine isso a 20 anos + de governo populista de esquerda.
É uma equação perfeita demais para dar errado.
É uma equação perfeita demais para dar errado.
anônimo
28/05/2024 15h37
A explicação do @TheLonesomeBoatman foi cirúrgica, mas o motivo principal é o poder que o estado tem em cima da região, lá é cheio de políticos burocratas estadistas e movimentos sindicalistas que acabam afastando investidores, sem contar que é umas das regiões onde a curva do ICMS é sempre para cima: 
Sério que você não sabe?
O que estão ensinando nas escolas em relação a história?
O que estão ensinando nas escolas em relação a história?
Eu até ia responder mas o @TheLonesomeBoatman deu uma boa resposta, é basicamente oq eu ia dizer.
Mais poder nas mãos dos políticos, e político não quer que a população fique mais forte pra não concorrer com eles. Políticos, especialmente de esquerda e dor Nordeste só usam o povo pra fazer propaganda e drenar mais poder pra si mesmos.
Veja o clima e vegetação. Já é naturalmente uma região pobre, some isso a longos períodos de seca e degradação ambiental causada pelo homem (desmatamento, queimadas, pastoreios extensivos, mineração etc). Não à toa mudaram a capital de Salvador pro Rio de Janeiro, o foco de desenvolvimento nacional passou para o sudeste. Sem políticas e projetos de desenvolvimento, indústria, saneamento básico, educação, aliado ao êxodo nordestino, região ficou só farelo.
Celso Furtado tem estudos mostrando como o período da ditadura acentuou mais ainda a pobreza no nordeste. A SUDENE foi criada em 1959 pra elaborar políticas de desenvolvimento da região. Nos anos 50 já era a região mais atrasada. O Furtado foi até convidado pelo Kennedy à Casa Branca pra compartilhar suas ideias.
Tem que entender o contexto geopolítico. A revolta dos trabalhadores nordestinos no começo dos anos 60 era um prato cheio para abraçarem as ideias revolucionárias. União soviética e Revolução Cubana estavam em alta. Há relatórios da CIA classificando o Nordeste brasileiro como o mais provável foco de revolução na América do sul. Até o New York Times fazia sensacionalismo afirmando que o nordeste estava prestes a fazer ruptura. Todo essa histeria justificava intervenção americana pra ajudar os militares a derrubar Goulart.
Depois do golpe já sabemos. Clemente rosas, procurador da SUDENE, foi acusado de ser comunista e teve que meter o pé. O gigantesco projeto do Kubitschek pro orgão foi garfado. Acabaram com os movimentos por reforma agrária, sindicais, ligas camponesas, as coisas só vieram a mudar em meados dos anos 90, com os grãos geneticamentes modificados, depois nos anos 2000 com políticas de assistencialismo e foco na educação(principalmente no Ceará). Depois com a transposição do São Francisco, que era estudado desde o Império, que com a obra concluida abastece mais de 300 municipios.
Enfim, pra resumir: concentração de riqueza e desenvolvimento= diferença de renda, IDH, qualidade de vida etc.
Celso Furtado tem estudos mostrando como o período da ditadura acentuou mais ainda a pobreza no nordeste. A SUDENE foi criada em 1959 pra elaborar políticas de desenvolvimento da região. Nos anos 50 já era a região mais atrasada. O Furtado foi até convidado pelo Kennedy à Casa Branca pra compartilhar suas ideias.
Tem que entender o contexto geopolítico. A revolta dos trabalhadores nordestinos no começo dos anos 60 era um prato cheio para abraçarem as ideias revolucionárias. União soviética e Revolução Cubana estavam em alta. Há relatórios da CIA classificando o Nordeste brasileiro como o mais provável foco de revolução na América do sul. Até o New York Times fazia sensacionalismo afirmando que o nordeste estava prestes a fazer ruptura. Todo essa histeria justificava intervenção americana pra ajudar os militares a derrubar Goulart.
Depois do golpe já sabemos. Clemente rosas, procurador da SUDENE, foi acusado de ser comunista e teve que meter o pé. O gigantesco projeto do Kubitschek pro orgão foi garfado. Acabaram com os movimentos por reforma agrária, sindicais, ligas camponesas, as coisas só vieram a mudar em meados dos anos 90, com os grãos geneticamentes modificados, depois nos anos 2000 com políticas de assistencialismo e foco na educação(principalmente no Ceará). Depois com a transposição do São Francisco, que era estudado desde o Império, que com a obra concluida abastece mais de 300 municipios.
Enfim, pra resumir: concentração de riqueza e desenvolvimento= diferença de renda, IDH, qualidade de vida etc.
anônimo
28/05/2024 15h53
As pessoas colocam a falta de investimentos e a regulação excessiva de governos locais como culpados, mas o buraco é muito mais embaixo. Se os governos locais têm essa postura, ela é refletiva de uma parte significativa dos eleitores. Ainda que sejam ignorantes em relação a economia ou política, grande parte deles também apoia o protecionismo.
Além disso, o Nordeste não produz quase nada. Vive basicamente de turismo e pesca. O resto é atividade completamente mantida por investimentos estatais. Cana de açúcar? Etanol? Honestamente, ninguém compra etanol, a menos que seja vendido a menos de 70% do preço da gasolina, o que não acontece nunca. E, mesmo não sendo nada lucrativo, tem a porra de uma economia inteira mantida com dinheiro público.
O próprio turismo, que é a atividade de maior relevância econômica para o nordeste, emprega na Bahia apenas 90 mil pessoas (em um estado com 15 milhões de pessoas), e passa meses com incentivos de governos estaduais e federal. Festa junina, shows, eventos, todos têm a marca do governo do estado. O Nordeste todo, apesar de ser a terceira região mais produtiva, corresponde a apenas 13,6% do PIB do Brasil. O PIB do Maranhão corresponde a 1,3% do PIB nacional. O PIB da Bahia, estado mais produtivo do Nordeste, corresponde a 3,8% do PIB nacional.
O grosso da população não apenas não tem perspectiva nenhuma como também está acostumado a essa realidade de dependência.
E o problema não é apenas no Nordeste, mas no Brasil todo. De maneira geral, o brasileiro não tem a mentalidade empreendedora como se vê nos EUA, por exemplo. Preferimos uma vida mais tranquila e sem chance de crescimento a uma vida turbulenta, com riscos e que exige muito de nós intelectualmente. Só que no Nordeste é pior.
Além disso, o Nordeste não produz quase nada. Vive basicamente de turismo e pesca. O resto é atividade completamente mantida por investimentos estatais. Cana de açúcar? Etanol? Honestamente, ninguém compra etanol, a menos que seja vendido a menos de 70% do preço da gasolina, o que não acontece nunca. E, mesmo não sendo nada lucrativo, tem a porra de uma economia inteira mantida com dinheiro público.
O próprio turismo, que é a atividade de maior relevância econômica para o nordeste, emprega na Bahia apenas 90 mil pessoas (em um estado com 15 milhões de pessoas), e passa meses com incentivos de governos estaduais e federal. Festa junina, shows, eventos, todos têm a marca do governo do estado. O Nordeste todo, apesar de ser a terceira região mais produtiva, corresponde a apenas 13,6% do PIB do Brasil. O PIB do Maranhão corresponde a 1,3% do PIB nacional. O PIB da Bahia, estado mais produtivo do Nordeste, corresponde a 3,8% do PIB nacional.
O grosso da população não apenas não tem perspectiva nenhuma como também está acostumado a essa realidade de dependência.
E o problema não é apenas no Nordeste, mas no Brasil todo. De maneira geral, o brasileiro não tem a mentalidade empreendedora como se vê nos EUA, por exemplo. Preferimos uma vida mais tranquila e sem chance de crescimento a uma vida turbulenta, com riscos e que exige muito de nós intelectualmente. Só que no Nordeste é pior.
elas respondem
anônima
28/05/2024 15h59
A única explicação possível: estados dominados pela Esquerda a anos e anos.
