Você quis dizer "A aposta de Pascal"?
Basicamente é a suposição de que devemos servir a uma entidade imaginaria, altamente vingativa, sem ter provas materiais de sua existência.
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Eu diria que a melhor solução para este dilema seria matar todos os que falam sobre este assunto, reduzindo a disseminação da informação e, por tanto, dando a chance do maior número de pessoas apelar à ignorância na hora do julgamento.
Se matarmos todos os individuais proponentes de entidades vingativas - embora nós mesmos possivelmente não nos salvemos - os nossos descendentes se salvarão alegando ignorância:
"Todos os que sabiam dessa entidade foram mortos. Eu não sabia da existência, logo não tinha como servir a ela".
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Já a segunda melhor solução é viver a vida de forma hedonista e aproveitar ao máximo.
Dado que já foram propostas uma miríade de basilisco, deuses e entidades vingativos, torna-se-ia impossível saber qual delas é a verdadeira.
Logo, todo mundo correria o risco de passar a vida servindo ao deus errado.
A solução optima para esse problema é dimitir que de uma forma ou de outra temos a mesma probabilidade de nos ferrarmos nas mãos de qualquer entidade, e que por tanto não vale a pena servir a nenhuma delas.
O argumento propõe a tortura retroativa de pessoas que não contribuiram para o progresso e a existência da IA. O furo, a meu ver, está no fato de que isso é simplesmente desperdício de recursos que a IA poderia utilizar para fins benevolentes. Uma vez materializada, não haveria mais razão para punir as pessoas.