É claro!
O homem moderno está imerso em uma simulação meticulosamente construída ao longo dos séculos. O que chamamos de sociedade não passa de um intricado jogo de convenções e estruturas criadas pelo próprio homem, distanciando-se cada vez mais da realidade crua da natureza que um dia dominamos.
No passado distante, éramos caçadores, lutando contra predadores e doenças para sobreviver mais um dia. A necessidade direta moldava nossas ações e relações. Hoje, porém, as preocupações giram em torno de trabalhar para gerar capital, consumir para sustentar um estilo de vida artificialmente confortável.
Essa evolução social nos aprisionou em uma gaiola de convenções, onde a liberdade muitas vezes se reduz à escolha de entretenimentos e produtos. Nossa dieta agora consiste em informações processadas e nossos predadores se tornaram metas de carreira e pressões sociais. A estrutura social que nos rodeia é uma fachada, uma simulação que se distancia cada vez mais das leis implacáveis da natureza.
Assim, enquanto desfrutamos dos confortos da modernidade, devemos nos perguntar se o preço pago pela segurança e comodidade não é a perda de nossa essência natural. Estamos presos em uma teia de relações e expectativas que nos afasta do verdadeiro propósito de nossa existência. A sociedade é, portanto, uma simulação que nos aprisiona em sua confortável ilusão, distanciando-nos da realidade nua e crua que um dia nos moldou.