Sou a favor de que esses e outros fetiches, se existirem, continuem restritos à intimidade de um casal. A sociedade não precisa saber sobre os desejos particulares de qualquer pessoa. O que duas pessoas fazem consensualmente em âmbito privado não deveria ser objeto de exposição ou discussão pública, e a sociedade nada tem que ver com isso.
Dito isso, na hipótese de essas parafilias virem à tona por acidente, penso que a perda do emprego é natural e compreensível, especialmente se a pessoa trabalhar na área da saúde ou em qualquer área que cultive valores como saúde e responsabilidade social, afinal, argumentar que fezes podem ser esterilizadas e saudáveis seria forçar demais a barra.
A exposição e discussão de parafilias como forma de romper tabus é uma grande bobagem, que provoca simplesmente o efeito inverso ao pretendido da normalização: causa espanto, perplexidade, críticas, cancelamento, perseguição e, finalmente, silenciamento. Ademais, normalizar o contato com fezes humanas não é de modo algum desejável.