Acho que vivemos em um país desigual e com uma população que sofre por causa da ausência do estado em prover dignidade as pessoas (ART. 6 da CF).
No entanto, apesar de todas dificuldades, o Brasil é um país acima da média para viver. Temos um idh mediano pra alto, vantagens em relação a natureza e boas perspectivas de futuro.
A população de 200 milhões de habitantes possibilita a existência de mercado consumidor forte e a chance do empreendedorismo surgir.
Apesar da média das escolas serem ruins, hoje, o acesso a boa educação tem sido facilitada com a criação de institutos federais de ensino. No passado era bem mais difícil ter boa educação.
As melhores universidades brasileira são públicas, com poucas exceções.
Apesar de tudo, o Brasil possui uma indústria relativamente forte a nível de América latina e alguns bons exemplos a nível mundial como a Petrobrás e a Embraer.
Poderia falar bastante aqui, mas trouxe esses poucos exemplos pra ver que esse país não é o fim do mundo.
A maioria das pessoas que acha aqui ruim é pq esperam mais do estado e menos de si. Claro que quando se nasce em situação de miséria, a maior esperança de mudança vem do estado. No entanto, muitos reclamam da ausência forte do estado e ao mesmo tempo -ironocamente- são a favor do estado mínimo.
Ja tive aulas sobre isso na pós graduação. É triste constatar que na maioria dos cursos se discute teoria e até práticas da vida real, mas os cursos em geral das públicas, e ainda mais das privadas, são pouco politizados, se discute pouco articulação e mobilização social na busca de melhorias das categorias e do social em geral.
Adianto que a conclusão das aulas e do curso sobre isso é que, tudo está em disputa, nada está definido, entender os mecanismos que foram utilizados pelos agentes e apoiadores do bostil é um passo para que não aconteça novamente e que haja algum movimento contra essa corrente também.