os negros africanos literalmente mudaram de continente, foram escravizados, aculturados, ao longo das gerações perderam seus dialetos. é impossível saber o sobrenome, até porque não tinham documento de identificação como indivíduo, mas sim como “coisa”, diferentemente dos europeus e japoneses, que vieram por iniciativa própria, com identificação toda certinha. por isso que, quando há descendência desses lugares, é facilmente mapeável a árvore genealógica da família.
Vamos corrigir isso aí para você não errar mais. Não são escravos, são escravizados. Quando dizemos "escravos" é como se eles tivessem nessa condição e não foi assim, muitos foram obrigados a ser, então se diz escravizados.
Sou afrodescendente e já acho muito dificil descobrir de onde meus antepassados vieram, quanto mais o sobrenome deles. Meu avô (negro retinto) só foi registrado depois de adulto quando foi casar com a minha avó. A família era paupérrima, de trabalhadores rurais do interior do interior. Ele nasceu na década de 30. Era neto de escravos, mas pouco sei sobre eles.
Bem, minha descendência por parte de pais e avós são misturadas: Negros, indígenas, brancos, e no meio dessa mistureba, os pardos. Minha avó era branca e tenho o seu sobrenome de origem italiana, e meu avô que (negro) tinha sobrenome de origem portuguesa, que tbm é o meu sobrenome. Não uso sobrenome do meu pai (filho de descendente indígena), somente aqueles por parte da minha mãe. Apesar de não contar com o seu sobrenome, herdei um pouco da genética dele, como o cabelo liso, por exemplo.
Os escravos africanos do Brasil vinham de várias tribos diferentes, muitas com pouco ou nenhum contato com a cultura europeia. Quem disse que seguiam a convenção europeia de nomeação de famílias?