eles respondem
Colocava a mão nos ombros do meu filho(a) e falava:
"Mete o socão na boca"
Minha mãe dizia que se eu apanhasse na escola era para falar com a diretora e nunca revidar. Meu pai dizia para não brigar com ninguém, mas se apanhasse, eu deveria bater até o indivíduo perder a consciência. Acho justo! Como meu pai dizia: se alguém pisar no seu pé peça desculpas para evitar confusão, mas se isso se repetir, não peça desculpas novamente. Na minha época de escola eu evitei o máximo o conflito por causa da minha mãe, mas quebrei algumas regras por causa do meu pai. E diria o mesmo para o meu filho.
Eu iria na hora pra escola na maior fúria e iria atrás do mlk.
É difícil, como diria Serjão "é complicado isso daí cara" porque as escolas públicas são obrigadas a dar apoio e incluir alunos não neurotípicos, mas ao mesmo tempo não possuem funcionários suficientes para dar conta da educação inclusiva. Por exemplo, já tive turmas com dois TEA, um dos TEA era TOD também e um TDAH bem clássico. e somente uma profissional do apoio pedagógico, era um caos no início do ano, turminha de segundo ano do EFI, só longo do ano a própria turma foi se autoregulando e se ajudando, tinha um grupinho, uma aluna muito fofa que ajudou muito muito mesmo os alunos incluídos.
Vou trabalhar com a hipótese que é um colégio público:
No caso que você trouxe, eu vejo duas saidas, uma onde pode dar ruim e azedar as relações com a instituição, o problema é que muitas famílias vêem essa relação com a escola de uma maneira extremamente clientelista, como se estivéssemos prestando um serviço e o cliente tivesse sempre a razão, um pensamento típico da corrosão das relações em um sistema capitalista. E não percebem o sucateamento das relações trabalhistas do corpo docente, sabe? Educacao se faz com afeto, mas eu pediria ajuda no conselho tutelar da região para ajudar no caso (infelizmente muitos desses órgãos estão dominados agora pela igreja evangélica).
Eu tentaria de maneira familiar, entrar em contato com a outra família, com jeitinho, se a outra família tem um autista também, entenderiam e se sensibilizaram. O foda que uma mãe de autista é igual uma leoa acuada, as mulheres são bravas demais, então buscar alguém de fora que faça essa mediação entre as familias, pode até ser um professor, para resolverem o conflito entre as crianças. O triste e que eu vejo muito, é que a gente acha que briga entre crianças é difícil de resolver, porque vocês nunca lidaram com briga entre as famílias dos estudantes, eles parecem até mais imaturos que as turmas as vezes.
Meu filho vai aprender alguma luta desde pequeno para isso não ocorrer... vou ensinar a ele proteger os mais fracos. Vou ensinar que na primeira vez que ocorrer o bullying vai deixar passar, na segunda tbm... mas na terceira pode bater até ter um traumatismo craniano.
Eu converso com o meu filho para não reagir às provocações e não brigar. Se a questão ficar complicada, relatar para alguém na escola, professora, direção, etc. Se ainda a coisa manter-se complicada, defenda-se, devolva a agressão.
Colocaria na aula de luta e falaria para quebrar o coleguinha.
minha mãe falava que se alguem me batesse e eu deixasse e não revidasse, eu iria apanhar quando chegasse em casa.
nada que um processo contra a escola resolvesse, e talvez um b.o e conselho tutelar contra os pais da criança que praticava as agressões.
elas respondem
Eu tbm já disse pro meu sobrinho que ele poderia revidar uma agressão, e qq coisa poderia dizer: "foi minha tia que autorizou."
Concordo com a mãe. Ver um filho sendo judiado reclamando para nós, é dilacerador. Se foi assim a história, essa mãe aguentou até demais. Deveria ter aberto boletin de ocorrência contra escola e acionado núcleo também contra as autoridades competentes da escola que estavam omissas
Briga entre crianças na escola é bem comum. Minha sobrinha tem 2 anos e as vezes volta mordida, mas por outro lado, ela também morde.
Eu autorizaria meu filho a revidar também.
Ensinava ele a revidar também.