Um mini você, igual a tu, em tudo.
Porém dotado de inteligência superior e complexa,para te instruir, aconselhar,ouvir, conversar,compreender,etc. Ele também cumpriria algumas tarefas cotidianas,como lavar louça,varrer casa, limpar móveis.
Não creio que o meu problema seja falta de inteligência pra viver, então o excedente dele não me faria muita coisa. O problema seria sabedoria mesmo - gente inteligente nem sempre dá bons conselhos, embora a perspectiva se amplie. Mas considerando que teria um mini-eu de fora, conseguiria alcançar os meus pontos cegos e enxergar onde erro e não vejo, quer pelo costume, quer por eu estar encerrado em mim mesmo e portanto não conseguir avaliar com objetividade. A consciência de si exige uma visão panorâmica, e a autopercepção tende a ser um recorte minúsculo de seleções de experiências. Daí, é bem vantajoso ter um mini-eu.
Quanto aos afazeres domésticos, não quero ter um escravo.
É tentador ter um servo que cumprisse algumas tarefas cotidianas, seria como um cachorro super adestrado, mas...
Seria impossível o miniMisterMistério não se rebelar contra mim em algum momento isso aconteceria, ainda mais se ele fosse dotado de uma inteligencia superior e mais complexa do que a minha.
Certamente isso aí daria ruim, eu chegaria em casa o miniMisterMistério iria ter pego minhas cuecas e usado para algum tipo de ritual satânico, velas acesas por toda a casa, sangue de cabra para fazer inscrições com símbolos místicos antigos pelas paredes, oferendas com frutas podres para deuses esquecidos pela humanidade, bonecos vodus palitinhos feitos com galhos de árvores e cisal, imagina o próprio salão do sete peles reincarnado. Nananinanão! Deixa que eu mesmo lavo a louça.