Foi assim: Eu estava em um cargo simples, ganhando pouco, fazia parte dos bastidores, trabalhava feito uma condenada, não tinha hora para trabalhar, se precisasse eu estava ali cumprindo com as minhas obrigações e até mais.
Então a minha chefe decidiu entregar o cargo. Ficou aquele clima de quem iria assumir e passaram-se alguns dias e eu continuava fazendo o meu trabalho.
Certo dia, o sobrinho da esposa do chefe da minha ex-chefe foi me observar em um evento. Me chamou no canto e disse: “Amanhã vá lá falar com fulano”. Eu fiquei muita nervosa e tentando disfarçar. No outro dia, uma sexta-feira, lá vai eu; recebi a proposta para ocupar o lugar da minha ex-chefe, falei que ia pensar.
Voltei para o meu local de trabalho e conversa vai, conversa vem, os funcionários estavam cochichando se eu já sabia quem iria ocupar o tal cargo. Aí eu disse que não tinha ideia e fui jogando conversa fora, caso fosse eu como iríamos organizar as tarefas e muitos colocaram as asinhas de fora dizendo que não queriam ficar com as minhas funções.
Cheguei em casa pensativa, eu tinha que tomar uma decisão, mas estava com medo. Orei, conversei com minha mãe e a tarde mesmo peguei um caderno e comecei a rabiscar a função que cada funcionário exerceria.
Na segunda-feira, eu assumi como chefe dos meus colegas de trabalho e hoje é meu último dia no cargo. Sou grata a Deus por ter tomado essa decisão, tanto de entrar como de sair.