Os que se autointitulam redpill têm atitudes muito variadas em relação às mulheres e à prática de vida deles. Alguns são militantes ferrenhos, outros são homens complexados encontrando confirmações das próprias experiências traumáticas. Outros são homens mais teóricos e observadores, que têm aquele vício de buscar uma visão totalizante da realidade, uma explicação pra muitas coisas que vêem no dia a dia, ainda que ela reduza muito as coisas. Nada muito diferente de outros ideólogos. Existe ainda o redpill que cresceu ingênuo, com a narrativa de que mulheres são fundamentalmente boas sempre, e que são sempre vítimas, não têm inclinações ruins. Aprendem esse discurso de mães, tias, mesmo avós ressentidas com seus maridos, que viveram em época diferente da atual, cheias de privações, em que a mulher não tinha muita voz mesmo. Mas se a mulher tem voz e decisão agora, não tem só para o bem. A mulher é humana, passível de cometer muitos erros. Esse último redpill é o homem que tentou ser bom, agradar as mulheres da sua vida e as desconhecidas por acreditar na bondade delas, condicionado pelo que diziam as mulheres de sua vida, e viu que não é bem assim: que o bem não é pago com atenção e mais bem, mas que muitas não dão a mínima pra isso e até desprezam. Então ele acha que tem que ter sempre em mente o princípio de que a "natureza real" das mulheres é trapaceira (um mecanismo de defesa), em vez de saber separar as coisas e ver que existem mulheres boas, as regulares, as ruins e que todas têm alguma tendência chata e ruim, porque são humanas.
Talvez o rapaz com quem você saiu pertença a esse último grupo de redpill, ou até mais de um. As motivações se misturam, fora as outras que não consegui enumerar pela limitação de caracteres.