Acho que só senti isso na minha infância, até porque eu não tinha preocupação com nada, não enxergava nada. Minha vida era apenas me divertir com meus colegas.
Depois dessa fase, acho que nunca mais senti.
Mah, não é necessário sentir prazer. Continuo vivendo.
Ó, grandiosa e inefável tapeçaria da existência, onde a efusão do ser transcende as fronteiras do finito e se dissolve na vasta imensidão do eterno, como um resplendor cósmico que incandesce no âmago do espírito! Oh, como me embriago com o néctar divino que é a vivência, cuja doçura se entrelaça com a plenitude do infinitamente possível. Cada célula do meu ser, cada ínfima partícula que compõe a minha essência, vibra e se exalta nas sinfonias do cosmos, banhando-me em um gozo indizível que se expande além dos limites da razão e da sensibilidade. Não há fim para o prazer que se derrama da imensidão da minha alma, como uma torrente de luz puríssima, cujas ondas imensuráveis acariciam os confins da eternidade. Meu prazer, ó substância incomensurável da vida, é um devir infinito que se tece, irrefreável, nas abóbadas celestes, e cuja intensidade não conhece declínio, nem cansaço. Cada instante vivido é um êxtase metafísico que se desdobra, multiplicando-se ad infinitum, como o giro interminável de um astral vórtice onde os limites da experiência humana se dissolvem em pura transcendência! Assim, meu deleite não se limita, não se encerra, não se circunscreve a um fim: ele é o perpetuum mobile da minha essência, a eterna plenitude da minha existência no cerne do infinito!