O narcisismo no sentido clínico continua com seu sentido intacto. Mas como algo social ele tem se disfarçado de "amor próprio", "priorizar a própria individualidade". Acredito que o medo de ser passado para trás e ganhar traumas, fazem as pessoas se comportar de forma egoísta.
Se tornou, mas porque as pessoas perderam a capacidade de diferenciar autoestima e amor próprio.
Amor próprio é uma imagem estática do ser, de uma imagem de si que você considera amável, logo, a natureza e a estrutura do amor próprio é toda ela narcisíca; pode ver, todos que "se amam", todos, sem exceção, são individuos que constantemente precisam se esforçar para que estejam dentro da imagem por qual se apaixonaram. Todos precisam manter seus corpos em um estado específico que adoram, e se, por um acaso, esse corpo deixa de ser o que tanto lutaram para ser, o amor acaba e começam a se odiar.
Autoestima tem uma lógica e estrutura completamente diferente dessa lógica enlouquecedora, autoestima é simplesmente estimar-se independente de fatores positivos e negativos. Estimar-se é viver sem mutelas, sem dependências com fatores externos como a maquiagem, o carro do ano ou shape, é simplesmente conhecer e saber que você vale por si. E acima disso, estimar-se é ser, amar-se é ter.
Afirmo, 90% das mulheres e homens atuais se amam, por isso vivem constantemente em dois mundos onde em um se amam, no outro, se odeiam. Pelo seu amor próprio que tendem tanto ao narcisismo no sentido cliníco, a se compreenderem como superiores por coisas bobas ou até políticas, enfim.