eles respondem
É cultural, infelizmente.
A cultura do Brasil é podre.
Funks fazem apologia ao estupro e etc.... recentemente a música helicóptero viralizou (ao qual dois MCs ameaçam jogar uma mulher no mar se ela não fizer sexo com eles) e pro governo tá tudo certo, o governo jamais se manifesta contra o funk (que em grande parte é a mesma cultura do crime organizado).
É bem verdade que não é só o crime organizado que é responsável pelos homicídios de mulheres, mas muitos são e não são contabilizados. A mulher namora usuário de drogas ou membro de facção e acaba morta e não é contabilizado porque as autoridades não sabem. É muito comum facções executarem mulheres e o governo simplesmente se nega a computar como feminicídio, simplesmente para jogar a culpa em homens civis e proteger o crime organizado. A mulher que é membro de facção dificilmente não vai sofrer algum tipo de violência.
Mas culturalmente infelizmente o brasileiro é um povo com pouca educação, um povo que briga por qualquer coisa (se fosse liberado o porte de armas iria virar o Velho Oeste, tiroteio pra todo canto). A impunidade é um problema, a polícia prende, a justiça solta. Um criminoso só pode acabar causando várias vítimas.
O aumento da violência. Homicídios aumentaram para todos.
Precisamos acabar com a impunidade no país.
Só pode ser o Bolsonaro...
Por trás disso tem controle, frustração e incapacidade emocional.
Homens que não aceitam perda, rejeição ou autonomia feminina.
Quando o ego desmorona, eles tentam recuperar poder pela violência.
Não é amor.
É posse.
O que deveria ser feito?
Levar ameaça a sério, antes da tragédia
Agir rápido contra histórico de agressão
Educação emocional básica... cedo
Punição certa, não só pesada
E um ponto incômodo:
feminicídio não começa na foice.
Começa quando a mulher tenta sair… e o homem não aceita.
Isso não é escolha delas.
É falha deles... e do sistema que chega sempre depois.
Infelizmente sempre existiu, a diferença é que hoje em dia é mais noticiado.
Dos últimos que aconteceram, o da menina que foi arrastada pelo carro e perdeu as pernas, além de ser exposta nua e brutalmente ferida foi o que mais me traumatizou.
Não precisamos apenas de penas mais duras para crimes como esse, como também toda a dosimetria penal precisa ser revisada.
Mas seguimos uma direção que não colabora para tornar menos atrativo o feminicídio. O discurso popular é de que a violência verbal e psicológica contra mulheres devem equivaler à violência física. Basta ver que há projeto de lei que criminaliza a misoginia.
Só que, se a punição para casos de violência verbal ou psicológica equivaler à violência física, não haverá incentivo para o agressor preferir o primeiro em detrimento do segundo.
Veja esse caso: o TJSP decidiu comprometer 96% da renda de um pai para pagar pensão alimentícia à filha que vive no Canadá usufruindo de uma bolsa de estudos:
https://www.folhadestra.com/tjsp-determina-que-economista-repasse-96-do-salario-a-ex-esposa/ A perda da renda impossibilita o homem de trabalhar e invariavelmente o levará a ser preso, algo que juridicamente se entende como servidão por dívida. Mesmo assim, o desembargador negou a liminar.
Enquanto a justiça decidir de maneira passional, para atender a anseios populares, e ignorar as realidades concretas a ponto de submeter um homem a uma condição de prisão por prazo indeterminado, que é equivalente ou pior do que a punição de 2 a 5 anos de reclusão do feminicídio, muitos ainda acharão mais interessante matar.
Acredito que o aumento dos feminicídios esteja ligado a uma cultura de violência mais ampla. Ao comparar esses dois mapas, nota-se que regiões com altos índices de feminicídio tendem a ser violentas em geral. Barbárie gera barbárie..
Nasci e cresci em uma das regiões mais seguras do Brasil. Por isso, fiquei muito chocado ao viajar para um outro país de terceiro mundo e perceber como a violência impacta profundamente a vida do indivíduo e o funcionamento da comunidade como um todo. É algo perturbador.
Leis fracas, onde o homem não precisa pensar duas vezes antes de agir e ser punido
acho que eles estão é sendo mais divulgados, lemoa. infelizmente, me parece a realidade que sempre existiu.
agora, com mais mídia, e talvez mais punição.
logicamente, movimentos de loosers de internet espalhando ódio à mulher, tipo redpill e similares, não ajuda muito a formar uma nova geração boa de cabeça
Acho que o fato das mulheres estarem cada vez mais promíscuas aflora isso. Já presenciei um feminicídio de perto, em 2019. Ela vivia aqui em casa, era amiga do meu pai. Ela, do nada, ficava e dormia no sofá; a gente achava estranho. Depois do caso, consegui entender: provavelmente tinha medo de dormir sozinha na casa dela. Ela vivia em festas, tinha dois ou três meio no rolo, fazia os caras de otário, fazia pagar coisas, dar dinheiro, dar presente. Um deles era da turma deles, e o cara estava doido por ela; já estava fazendo merda, porque ela fazia o cara de bobo e depois meio que abandonava, e o cara ficava todo descornado. Mas o cara que matou ela foi o ex-marido de anos; tinha três filhas pequenas. Ele foi até a casa dela, acho que entrou normal e, lá dentro, esfaqueou. A irmã dela ligou para o meu pai falando, a gente foi lá na casa dela e já tinha repórter e carro do IML, aí fomos embora, não tinha muito o que fazer.
elas respondem
O que está por trás do aumento da morte de homens? O que está por trás do aumento da morte de crianças? A violência ué. No caso das mulheres não poderia ser diferente, e olha q nem morre tanta mulher assim, vejo homens morrerem muito mais. Se até crianças que são seres puros e inocentes sofrem nesse mundo, quem dirá mulheres, que muitas das vezes só gostam de se envolver com bandido. Aqui na minha rua tem uma que o macho só falta matar de tanta porrada, os vizinhos já denunciaram várias vezes, eu já ajudei a fugir, escondi até dentro da minha casa pro cara n matar, mas ela sempre volta pra ele e ainda fica de carão pra quem falou mal do relacionamento dela...fazer o quê? Inocente é criança
Eu não poderia dizer que sei com certeza, mas posso arriscar uma perspectiva/palpite:
Eu acho bastante curioso o fato de que de uns anos pra cá as mulheres parecem estar lutando ou discutindo mais sobre seu papel na sociedade e principalmente nos relacionamentos. Pautas importantes estão sendo levantadas, questionando uma cultura que antes parecia muito voltada para a dominação masculina, enquanto a mulher assumia mais uma posição de submissão.
À medida que isso cresce, aumentam os casos de feminicídio e misoginia. Coincidência ou correlação?
Estariam tais homens tentando reconquistar a dominação a qualquer custo? De um modo até mesmo inconsciente talvez. A cultura masculina diz que se ele não for o líder da casa, perde parte de sua masculinidade e valor. A mulher, em um cenário em que vem ganhando voz, autonomia e busca por uma ampla liberdade jamais vista antes tornou-se então uma ameaça?
Só estou divagando. Mas me pego refletindo sobre isso. Não descarto essa possibilidade. Mas sei que não seria somente este o motivo. Há muita coisa enraizada. Muita coisa saindo do controle.