Pelo mesmo motivo que homem cheio de insegurança inventa de namorar, casar e depois fica

paranóico com chifre. Às vezes as pessoas querem se lascar. É o mito de Ícaro: querem voar muito alto, fazem merda e caem pra morte certa.

Mulheres tem uma síndrome de protagonismo. Ah, comigo vai ser diferente, o cara come geral, mas comigo vai se aquietar, entrar na linha. Confia.

E não, boa parte não sabe só curtir o momento. Sexo pra mulher, até desdentada e sem uma perna, basta estalar os dedos que vai ter uma fila de desesperados que topam comer. É tão banal que mulherada valoriza outras coisas, conquista, conexão, relação. Ainda mais quando se é jovem sonhadora e acha que gozar significa algo além disso. Por isso quando passa o êxtase do orgasmo, sobra a vergonha e tristeza. Era só isso? Não vai ficar de grude, isso não vai pra frente? Homem se satisfaz com gozar, virar pro lado e dormir. Mulher, em boa parte, não se satisfaz apenas com isso.

Vamos imaginar o seguinte: amanhã todo homem na face da terra acorda com 1 bilhão na conta. Imagina o tanto de mulher interesseira se oferecendo, sendo gentil, dando telefone, bom dia, elogiando. No começo é legal, mas depois de um tempo a gente ia cair na real. Cê só fala comigo pelo que eu tenho, cê tá cagando pra mim fora o dinheiro. É parecido, mulherada quando toma um choque de realidade acorda pra mesma conclusão: fora o sexo, a maioria dos caras está cagando pra elas.

Quem não é segura de si, não suporta o baque.