Pelo menos para mim é exatamente assim que funciona, não consigo me atrair instantaneamente por uma pessoa, é necessário aquele papo "despretensioso" (mas já com segundas intenções) para evoluir para algo a mais.
Pra namorar é precisa alguns requisitos como respeito, cumplicidade, afinidade, etc que estão presentes na amizade.
O problema é que no Brasil as coisas acontecem rápidas demais.
Vcs (mal) se conhecem na noitada e na mesma noite ja estão na cama, e só vira amizade qdo tem todo o resto mas não tem a atração física, se não já tinha rolado.
Não sei se expliquei bem.
Geralmente as pessoas separam amigos e possíveis pretendentes sexuais/românticos justamente para não ter problemas de relacionamentos com amigos, ou seja se você é amiga de um homem ou amigo de uma mulher, você provavelmente chegou ao estágio de amigo justamente por não despertar nenhum interesse sexual no outro.
Acho que o caminho para um namoro começa pelo cartão de visitas, a atração.
Ela acontece também sem a necessidade de amizade, porque basta um olhar, uma conversa, etc.
A partir daí tem todo aquele jogo da conquista, de chamar pra sair e é justamente nessa fase que as pessoas começam a se envolver pelo simples motivo que passaram bons momentos juntos nos rolês que tiveram, nos quais tudo era muito divertido e prazeroso, ele(a) era perfeito(a), sempre arrumado(a), sempre com um sorriso no rosto, cheiroso(a), maquiada, o beijo encaixou, a química rolou, o desejo aflorou.
Em contrapartida não houve aquele tempo necessário para se conhecerem de fato, ter conversas mauis profundas, saber o que o outro pretende na vida, seus projetos, objetivos e valores, o passado, a família, as crenças, a personalidade, caráter, etc. Houve tanta concentração no lazer e no prazer, que conhecer o outro melhor ficou em segundo plano.
E então cogita-se a possibilidade de namorar: vamos nos apresentar para nossas famílias, oficializar nas redes sociais, usar anel de compromisso. Muitas pessoas pensam nisso com um status para mostrar a sociedade, namoram para ter uma "eterna companhia de rolês" e jamais ficar sozinho(a) de novo, poder experimentar os rolês de casal, provar seu valor, experimentar sexo, tudo isso sem um prévio conhecimento do outro, processo indispensável.
A intimidade revela defeitos, sempre. Com o tempo aquilo que ele(a) tem de ruim vai aparecer, e o relacionamento vai sofrendo desgastes e o casal não sabe lidar com isso, se frustram por causa de expectativas que foram criadas pela própria ignorância, já que não conhecem o parceiro(a) de forma minimamente necessária. Alguns terminam (de forma tranquila ou não) e acumulam bagagem emocional para um próximo relacionamento, outros prosseguem para o casamento (muitos com questões mal resolvidas) porque desejam segurar aquela pessoa para si.
Para todo ser humano, o casamento traz surpresas, mas ser amigo(a) do outro pode facilitar.