Na solidão profunda da alma triste,
O peito aperta, chora e se consome,
Em sombras frias, o viver persiste,
E o alvorecer não traz um novo nome.
As lágrimas caídas, sem clemência,
São marcas vivas de um sofrer profundo,
A vida é peso, dor e penitência,
Num coração que já não vê seu mundo.
Nos olhos, sonhos mortos sem razão,
No peito, um vazio sem remédio,
E o tempo avança, cruel e sem perdão.
Que dor tamanha cala o peito mudo,
A melancolia tece seu mistério,
Na escuridão, o ser se torna tudo.