Por vários fatores:
1⁰- Fui criado em uma família extremamente politizada, fui instruído tendo consciência dos meus privilégios e da minha classe, cresci e vejo o mundo através de relações de poder, consigo perceber as forças de conservação e revolução do meio e da sociedade onde eu vivo.
2⁰- Meus meios e mecanismos de ver o mundo são respectivamente em hierarquia pelas vias: artísticas, filosóficas, científicas e mito/religiosas. Com isso quero enfatizar que a Arte é a única atividade exclusiva do ser humano dentre todos os animais, entender, fazer e fruir de arte nos torna mais humanos e mais sensíveis. Ademais, a via filosófica dentre todos os campos em todas as épocas se preocupa majoritariamente com a questão do "SER".
3⁰- Minha profissão, que considero como uma vocação minha de vida, além de aptidões e conhecimentos adquiridos ou desenvolvidos, eu lido com gente, seres humanos de diversas etnias, gêneros, classes sociais e sobretudo, jovens. Crianças e adolescentes em desenvolvimento são os que mais precisam de empatia, estão entendendo e criando consciência de seu lugar no mundo, alguém que guie e ajude na evolução e na potencialização de jovens precisa constantemente se autoquestionar e se colocar no lugar do outro. Se não for assim, se for moralizante e vertical a relação construída certamente eu seria alguem que ceifaria e tolheria os pequenos seredhumaninhos do potencial que eu vejo, que em muitos casos, nem eles mesmos enxergam. Fora isso, uma relação hierarquizante me retiraria a humildade e toda capacidade de aprendizagem mútua, resumindo, eu seria um babaca.
4⁰- O sofrimento. Ter tido muito e perdido muito. Ser potente e estar no fundo do poço. Isso ensina muito como a vida é devir e transformação, te ensina na prática a baixar um pouco a bola, não se ensimesmar e olhar os outros com carinho e afeto.
5⁰- Sábio ensinamento do livro "procura da felicidade" Dalai Lama. Olhar os outros pelo viés mais elementar que são. São seres humanos iguais a mim.
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