[Cópia de outra resposta minha]. Já passei da fase de acreditar que relacionamentos amorosos são como contos de fadas, onde basta ter amor para que ambos sejam felizes para sempre. As pessoas crescem alimentando em suas mentes uma noção idealizada de relacionamentos, que é única para cada um, mas que muitas vezes acreditam ser óbvia e de senso comum. À medida que vivenciamos nossos primeiros relacionamentos, começamos a perceber as diferenças nas visões de mundo e nas dinâmicas relacionais.
Geralmente, num primeiro momento, tendemos a culpar a outra pessoa por não se comportar ou pensar como nós, pois acreditamos que nossa concepção de relacionamento é a ideal. Com o tempo, à medida que refletimos e acumulamos experiências, percebemos que relacionamentos têm muito mais a ver com um acordo e um equilíbrio entre dar e receber do que com a ideia inicial que construímos.
Ainda assim, muitos acreditam que o amor e a paixão são chamas intensas que, com esforço, podem ser mantidas inalteradas ao longo da vida. Quando isso não acontece em relacionamentos subsequentes, surgem frustrações e desilusões amorosas, levando a questionamentos sobre o amor, a dinâmica dos relacionamentos, a natureza humana e sobre nós mesmos.
Acredito que o próximo passo é entender que relacionamentos são uma parceria. O amor é fundamental, mas é importante reconhecer que a forma como sentimos esse amor não será constante ao longo da vida. O amor se transforma a cada fase e com cada experiência vivida juntos — sejam elas boas ou ruins. É fácil afirmar que se ama alguém durante a fase de "lua de mel", quando há novidades, expectativas, sonhos e paixão, com poucas mágoas. No entanto, o amor verdadeiro e maduro resiste ao teste do tempo. Ele se fortalece quando conhecemos os defeitos do parceiro, quando enfrentamos mágoas e pedimos perdão, e quando a parceria, a lealdade, a cumplicidade, o respeito, a paciência e o carinho prevalecem. Quando escolhem caminhar por essa vida e amadurecer juntos.