Sua pergunta é muito boa,
@Caiosantosrocha, pois nos dá a oportunidade de discutir com mais profundidade algumas questões fundamentais. O primeiro ponto a destacar é como as pessoas processam informações e decidem acreditar em algo. Quando falamos de ciência, existe um rigoroso método que nos permite investigar fenômenos, baseado em observação, formulação de hipóteses, testes e conclusões. Esse ciclo permite que o conhecimento da humanidade sempre avance. Hoje, temos smartphones com uma capacidade de processamento milhões de vezes maior do que o computador que levou o homem à lua, graças aos avanços científicos.
No caso do aquecimento global, existe um consenso científico. Não é algo que surgiu a partir de políticos, mas sim de pesquisas sérias e reproduzidas por pesquisadores de diversos países. Entender isso é importante, pois não se trata de uma questão de acreditar ou não, mas de compreender ciência. O problema surge quando o aquecimento global se torna uma pauta política. Muitas pessoas preferem se "informar" através de políticos ou influenciadores que são negacionistas da ciência, em vez de tentarem construir um conhecimento científico mínimo para entender como essas discussões acontecem em um nível mais sério. Por isso, sempre recomendo a leitura do livro "O Mundo Assombrado Pelos Demônios", de Carl Sagan. Esse livro é genial e escrito para o público geral. Após a leitura, a pessoa terá mais ferramentas intelectuais para questionar de maneira adequada as informações com as quais entrar em contato.
Além disso, argumentos falaciosos como "a terra tem ciclos naturais" não levam em consideração que os estudos de aquecimento estão observando uma janela de tempo de pouco mais de um século, e o nível de aquecimento observado nesse período é algo inédito e um forte indicativo da ação do homem no desbalanceamento do planeta e do ecossistema.